quarta-feira, 12 de março de 2008

o meu mundo é divorciado!


não sei se é do cheiro a primavera, do sol, do cantar dos passarinhos mas subitamente o mundo à minha volta divorciou-se!
ou são divorciados, ou estão a divorciar-se! há ainda os que não estão mas gostavam!
e, naturalmente, quando um membro da "comunidade" compra uma guerra destas, as conversas acabam inevitavelmente por se focalizar em torno deste item.
há umas semanas atrás, estávamos num café, uma quadra divorciado/divorciado/com vontade de / casado, e veio precisamente "à baila" o tema.
- as coisas mudam... por vezes um membro do casal evolui, o outro estagna...
- tornamo-nos mais exigentes com a idade... e os sentimentos também mudam...
- estou farto de aturar as paranóias da minha mulher!
- o pessoal começa a namorar quase quando larga as fraldas!
teorias. como tal, nenhuma será mais válida que outra. todas elas têm o seu fundo de verdade e todas parte, das nossas experiências pessoais.
facto é que grande parte das pessoas da minha geração começou a namorar muito cedo... prendeu-se demasiado cedo. e a vida seguiu mais o seu curso natural do que propriamente escutou o interior de cada um de nós.
por pressão familiar, porque "é altura" (de casar, de comprar casa, de ter um filho, etc.), não faltam mecanismos de empurrão! e quando paramos para olhar para trás, não gostamos nada do que vemos. a seguir vem a frustrante imagem de que agora já temos demasiadas coisas que nos "amarram" e é preciso realmente força e determinação. é preciso, sobretudo, certezas! a seguir, vem um dia de cada vez... e passado um tempo respira-se (muitas vezes de alívio).
o mais curioso é que, embora actualmente se aceite o divórcio com a mesma naturalidade que o casamento (eu garanto que já me espanto mais quando alguém diz que vai casar!), poucas pessoas conseguem evitar um "não me digas!!! porquê???" quando recebe a notícia.
assim, quando um amigo ou amiga pergunta-me por uma amiga/o-a-divorciar-se comum e lhe transmite-se a novidade. e agora o mais caricato. é que após a estupefacção e o ar "não sabia" vem um: não sei como durou tanto tempo....
este texto não pretende ser uma “ovação” ao divórcio nem nada que se pareça. qualquer um de nós preferia mil vezes ter "acertado à primeira" . porém, não se verificando tal pressuposto, vamos encarar isso sem dramas, ok?

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